quarta-feira, 23 de março de 2011

Segunda lua de mel

Deixar os filhos para trás na hora de viajar é difícil, mas é importante manter esse espaço do casal




Sua Lua de Mel virou uma lembrança vaga na memória, sinônimo de um tempo em que você não tinha filhos, podia jantar fora quando quisesse e assistia a todos os filmes em cartaz no cinema. Bateu saudade daquele tempo, né? Bom, a vida mudou, mas você pode continuar com os jantares e viagens, de vez em quando. Pode não, deve.

O que acontece com muitos casais é que, depois que chegam os filhos, deixam o casamento em segundo plano. O foco da atenção agora é outro: os pequenos. Na hora de fazer um programa a dois, os pais se sentem culpados, como se estivessem excluindo os filhos, explica a psicóloga do desenvolvimento Simone Domingues, mãe de Alan e Wilson.

Uma das formas de evitar que a coisa esfrie é lembrar sempre que vocês ainda são um casal, além de pai e mãe. Isso inclui saídas românticas, cinema a dois e viagens sem filhos. Se estiver difícil de lembrar dessas coisas, anote na agenda. Assim, dá para se planejar e contratar uma babá ou pedir pra sua mãe cuidar das crianças.

“É MUITO IMPORTANTE QUE OS CASAIS SAIBAM SEPARAR O HORÁRIO PARA AS CRIANÇAS E O HORÁRIO PARA TER UMA VIDA DE ADULTOS”, DIZ A PSICANALISTA REGINA NAVARRO LINS, MÃE DE TAISA E DENI. ISSO TEM DE SER CULTIVADO SEMPRE, DESDE CEDO. ATÉ PORQUE A CRIANÇA VAI REAGIR MUITO MELHOR SE ESTIVER ACOSTUMADA A FICAR SEM OS PAIS DE VEZ EM QUANDO. O IDEAL É FAZER ESSAS SEPARAÇÕES GRADATIVAMENTE, COMEÇANDO COM JANTARES, PASSANDO PARA FINS DE SEMANA FORA DA CIDADE E, DEPOIS, UMA SEMANA INTEIRA SEM AS CRIANÇAS".

Essas viagens, se feitas com frequência, podem ajudar a aproximar o casal, evitando algumas crises no relacionamento. Mas, quando o problema já está instalado, não há garantia de sucesso. “Viajar é bom, mas não dá pra ter a expectativa de que vai resolver o problema. Quando a viagem acaba, volta tudo”, acredita Regina. A psicóloga Lucimeire Tomé, mãe de Laís, Luiz Felipe e Lucas, diz que os conflitos podem até piorar durante uma viagem. "É mais sábio e saudável resolver os conflitos antes de viajar, para que o tempo que o casal estiver na companhia um do outro possa ser aproveitado da melhor forma possível", recomenda.

Data marcada, malas feitas. E agora, o que fazer com as crianças? Em primeiro lugar, deixe-as com pessoas de confiança e com quem elas já estejam acostumadas. Também é importante que sua rotina e horários sejam mantidos. Deixe uma listinha de telefones úteis e instruções em relação aos remédios e cuidados básicos.

A maioria das crianças não vai reagir muito bem no início. Elas podem achar que isso é um castigo por alguma coisa errada que fizeram. Converse e explique os motivos da viagem. É provável que você queira ligar para seus filhos de hora em hora, mas controle-se! Primeiro, porque o propósito da viagem é dar uma desligada. Segundo, porque algumas crianças podem ficar mais tristes quando ouvem a voz dos pais. Quando você voltar, morrendo de saudade e louco para dar aquele abraço, pode ser que encontre seus filhos malcomportados, bravos com você. Não ligue, isso é normal e passa. Tire a culpa da mala e viaje tranquilo. Vale totalmente a pena.

Consultoria: LUCIMEIRE TOMÉ, MÃE DE LAÍS, LUIZ FELIPE E LUCAS, É PSICÓLOGA CLÍNICA COM ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA EDUCACIONAL E TERAPIA DE CASAL E FAMÍLIA REGINA NAVARRO LINS, MÃE DE TAISA E DENI, É PSICANALISTA E ESCRITORA, AUTORA DE "A CAMA NA VARANDA" E "SE EU FOSSE VOCÊ" (ED. BEST SELLER) SIMONE DOMINGUES, MÃE DE ALAN E WILSON, É PSICÓLOGA DO DESENVOLVIMENTO E COORDENADORA DO CURSO DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL



Via: www.guiame.com.br

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